22 de junho de 2009

Os amores e seus Outonos

Hoje eu estou namorando!
Que alegria...
Não tem explicação vinda da minha pessoa para tal sentimento. Não sou poeta o bastante. Já disse que meu carma é a consonância, que era a única coisa que eu não conseguia escrever, sendo eu poeta. Na verdade eu menti. Eu não sei escrever o amor. Tento. Às vezes eu chego quase lá, mas na maioria das vezes eu sou apenas um adolescente que não sabe nada de nada. O Leandro Augusto é a parte que sente e não sabe escrever. O João Hernesto é o sábio da história.
Eu não quero fazer promessas, porque eu não o sei fazer. Não sei fazer música melódicas e melodias musicais. Só tento transmitir através de gestos ou de sorrisos o que eu sinto. Eu o consigo. Não aprendi a disfarçar, outro carma meu.
Já tentei falar das borboletas, da deitada na cama e até da escapulida do “Eu Te Amo”.
Eu hoje ouvi “Idem” e enfezei. Depois eu ouvi “Amo Você”. Que bela frase! Vinda de um coração que faz parte do meu.
O meu coração já era teu lar bem antes do pedido.
O meu coração é a primavera, ele desperta de seu sono profundo poucas vezes, mas quando desperta é contagioso, todos o invejam, todos o querem fazer: ser o mais bonito da região. É pela primavera que os dois pólos do planeta brigam, enquanto um tem a chance de ser mais bonito que o outro, seu companheiro é seu contrário, pobre dele, só consegue ser outono. Os pólos não são iguais, nenhum amor é igual. Todos os amores que senti estão apenas invejando esse de agora, por ser mais bonito e mais vivo que eles. Eles querem despertar, mas não podem por serem outono em suas terras.
Ta aí uma coisa que os grandes poetas inventaram para escrever o amor. É tão mais simples metaforizar, é mais concreto – apesar de uma metáfora não ser baseada em nem um tiquinho de concretude. Metaforizar é meu meio de transformar sentimento em palavras.
Ideias eu já sei. Sentimentos, eu me proponho a aprender seu bê-á-bá.

Leandro Augusto

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