2 de julho de 2009

The Corrs

Só se for para não voltar mais. Nesse caso eu fujo, para um lugar que ninguém conheça, que só eu e você vivamos. Um lugar que nós possamos nos amar com a lua para assistir. A nossa casa de praia, ao invés de república estudantil. O nosso lar. O nosso pecado terção. O nosso segredo obsceno, ao invés de meigo.
Eu fujo, sim, se você me prometer que não me vai permitir gostar desse tanto de mais ninguém. Se você prometer me amar e arder sempre que nossos olhos encontrarem uns com os outros. Se prometer, ainda, que vai me ensinar a ser assim, como você. Quero a perfeição também. Quero a angelicalidade.
Fugiríamos. Se você continuar a cantar e recitar poemas. Se você desenhar meu rosto, para o caso de a morte nos separar, aí você vai me ter sempre que quiser desenhar. Só fujo se você me estabelecer critérios para lhe amar. Se você me segurar pelo pé se eu resolver recusar nalgum dia minha felicidade.
Eu quero fugir com você.
Sempre que nos encontrarmos, seremos só eu e você. Nesses momentos nós seremos únicos e fugiremos. Seremos amantes e casados. Nós seremos namorados e amigos. Seremos cúmplices de um crime. Seremos reféns de rimas poéticas e caóticas. Seremos reféns, acima de tudo, desse amor arrebatador.
Eu fujo, obviamente!

Leandro Augusto

2 comentários:

  1. Olá Leandro.
    Bacana o seu post.
    Suas condições para fugir, se atendidas, tornarão o amor de vocês em algo que durará para sempre.
    Não apagará e nem esfriará.

    Será um tipo de amor que será perfeito apenas por ser amor, assim como os versos que são perfeitos apenas por serem versos.

    ResponderExcluir