Este texto tem o propósito único de responder a um e-mail. Ele vai ser postado no blog, por motivos que desconheço. Não vai ser neste texto que usarei minha polidez, vomitarei, como tanto gosto.
Eu estou a me acostumar com a ideia de que eu tenho um poder, mínimo que seja. Hoje eu sonhei um sonho bem doido. Primeiramente, não foi o tipo de sonho que se sonha a noite, eu sonhei de dia, para repor o sonho da noite. Acordei sufocado.
Eu estava no instituto onde minha faculdade é lecionada. Você também. Estávamos com amigos nossos. Amigos meus, amigos seus. Os seus amigos me desviaram atenção de você – eu estava te mantendo por perto, porque sabia que você estava prestes a fugir, como um cão foge quando tem medo e ninguém é capaz de segurá-lo. Você sumiu naquele momento. Passei a te procurar e me encontrei, nessa busca, em uma terra estranha. Uma terra que me fornecia muita informação visual e sonora. Eram como disfarces, mas eu não desistia da ideia de te procurar. Na verdade eu não sabia o motivo pelo qual te queria comigo. Não me lembro se era ciúme, zelo, amor, necessidade ou todos esses. Eu só queria. Por fim, eu não te achei e fiquei com aquele sentimento de perda – perda no sentido de se perder uma batalha.
Não levei a sério, mas interpretei minimamente. Quer dizer, porque é que eu te queria por perto? Para que eu te amava, por capricho? Para poder dizer que tenho alguém do meu lado? Será que eu te amo mesmo? Será que vale a pena me casar com você todos os dias, mesmo querendo mesmo em somente metade deles?
Hoje você me mandou este e-mail. Maldito e-mail. Ele me faz ver coisas com clareza. Faz-me querer acabar logo com meu sofrimento, ou começar a sofrer para ser feliz de novo. Ele me fez querer chorar. ESSA MERDA DE E-MAIL, RICARDO, ME FEZ NÃO CONSEGUIR MAIS ESTUDAR. Eu preciso tanto... Sabia que não devia contar com esse tal de amor.
Leandro Augusto
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