21 de março de 2010

Não quero parecer desesperado

Já não sei mais escrever sobre dor em relacionamentos, sinto-me calejado. Não consigo chorar por mais de um minuto, não consigo mais soluçar e pensar que minha vida acabou por mais de 60 segundos. Não que o que eu sinto não seja forte, pelo contrário.
Eu te pendurei na minha parede para te ler e te ter sempre que eu puder. Eu li as letras de músicas e poemas que me mandou. Li suas cartas e isso me fez chorar, por exatos 60 segundos. Eu morri em um minuto. Depois levantei a cabeça e pensei como seria se eu conseguisse me apaixonar por outro alguém esse tanto que me sinto com você.
Eu te ergui ao mais alto patamar dos namorados que já tive, eu chego mesmo a acreditar em amor para a vida toda com você. Cada regra que eu quebrei para estar com você, cada aspecto e hábito que mudei sem pestanejar não deve ter sido válido. E hoje eu choro o que um dia fiz alguém chorar. Hoje você me vem com indecisões e crises que um dia eu tive e levei para quem eu não devia.
Tem umas duas horas que eu me culpei por isso tudo. Eu e minha boca grande. Para que discutir religião. Para que falar sobre hipocrisia. Ao mesmo tempo não me tiro a razão, de forma alguma. Não consigo segurar, e nem devo. Você é mesmo hipócrita, acredita em coisas que vão contra os seus atos. Você realmente me lembra a mim com dezesseis.
Não sei se foi realmente isso mesmo que te deixou assim.
Eu queria muito me ajoelhar e dizer, não pensa, só fica comigo. Queria dizer, não me deixe.
“Não me deixeEu inventareiPalavras sem sentidoQue tu compreenderásEu te falareiSobre os amantesQue viram duplamenteSeus corações incendiarem-seEu te contareiA história deste reiMorto por não poderTe reencontrarNão me deixe”
Te amo.

Leandro Augusto

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