Andei lendo os dois últimos textos que escrevi e gostei mais do que quando os escrevi. Foram eles grandes vômitos do que eu não estava sentindo, mas do que eu queria que pensassem que estava acontecendo dentro de mim. Bem, hoje eles fizeram mais sentido que quando os escrevi – ou vomitei.
Um deles fala sobre um término de relacionamento repentino, o outro é pequeno e simplesmente fala de estereótipos colocados por razões não-verbais, mas visuais óbvias. Ora, que mais eu estava sentindo senão isso. As coisas aconteceram e esses textos, na verdade, falavam o que eu sentia. Por mais que doa.
As coisas estão todas se reiterando de forma tão clara para mim que chega a doer. Mas dói no primeiro segundo de pensamento; no segundo elas vêm de forma natural. Natural mesmo. E esse período de mudanças tem se revelado bem mais fácil que nunca se revelaria. Isso é bem esquisito, só não sei se mais para o lado positivo ou para o negativo da palavra.
Pele, sexo, respiração, dor, prazer, arrepio interior, vontade, querer, desejo, repelente, suavidade, voz, chocolate, presente, filme, não assistir, pipoca, refrigerante, cerveja boa, cerveja não tão boa, cigarro, trago, respiração, dor, prazer, arrependimento, pudor, nem um pingo de pudor, pele. Tudo volta como se fosse normal. Tudo volta como as estações do ano voltam e nós sabemos que voltam. Mas essa metáfora eu já usei em outro texto.
Sinto falta de escrever assim. Mas acho que já me cansei de escrever assim. Vou correndo escrever meu próximo conto.
João Hernesto.
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