A vida, na realidade, nada tem de sentido. Melhor, tem um sentido tão óbvio que nós, pobres seres, não podemos sequer palpar. Pequenas verdades que nos escapam ao pensarmos muito sobre quem somos, quem é deus, o que o mundo tem de bom. O sentido da vida é bem mais simples e nós acabamos por nos esquecer dele só por divagarmos sobre ele.
Dessa vez, eu prezo a fala. Desprezo o silêncio. Se não dissermos nossos nomes em voz alta, como podemos querer que as pessoas nos conheçam por eles? Ora, parece-me tão tola essa ideia que este texto parece-me sem sentido algum. A verdade é que a vida é tão pequena, o homem é tão pequeno, as ideias são tão volúveis que a solução acaba sendo não haver solução. A mistura entre uma coisa e outra acaba fazendo a vida perder sua essência: não haver essência alguma.
Em meio a tantos questionamentos, em meio a tantas problematizações sem sentido, dissemos que a vida não tem sentido. O que não tem sentido mesmo é o próprio homem e sua estupidez científica. Esse monte de pessoas perdidas em seus próprios pensamentos caóticos me faz pensar que o homem é tão insignificante que chega a irritar. Tão insignificante que chega a ser nada mais do que insignificante.
E caminhamos nós em busca do elo perdido. Caminhamos em busca de respostas a questões que nunca nem deveriam ter sido postas. Caminhamos e vemos que nossa jornada é imensa, quando, na verdade, é curta, muito curta. Quando, na verdade, nossa passagem é extremamente passageira e óbvia. Gozemos do dia antes que termine. Gozemos do infinito sem que saibamos exatamente o que é ser infinito. Estejamos nesse deserto de almas desesperadas e impetuosas. Sejamos impetuosos. Petulantes! Pequenos!
Capadócio
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